
Noto que, desde a década de 90, os perfumes da grife Calvin Klein têm em comum algo que poderíamos chamar de “culto à limpeza”¹. São cheiros que lembram álcool em gel, lençol branco limpo, corredor de hospital, câmara hiperbárica, maresia em uma ilha deserta. As fragrâncias da marca praticamente dizem que “ser chique é ter cheiro asséptico”.
Com Beauty a tendência se mantém. Mesmo na companhia de outras flores e do cedro, o jasmim chega a um ponto em que é difícil distinguir o perfume de um desinfetante suave. Para a Calvin Klein, ser “beauty” é ter cheiro de banheiro limpo.
Depois de um tempo, o cedro ganha “espaço”. Aí o cheiro de desinfetante de jasmim se transforma, gradativamente, em cheiro de óleo de peroba. Agora Calvin Klein está me dizendo que ser “beauty” é ter cheiro de móveis lustrados.
- Floral branco amadeirado
- Notas de topo: almíscar de ambreta
- Notas de coração: jasmim
- Notas de base: cedro
Beauty é uma fragrância limpa, elegante, feminina, romântica e quase suave. Agrada fácil quem gosta da combinação de cedro e jasmim. Mas poderia ser um perfume muito melhor. A fragrância não foi bem elaborada. Há muitos defeitos na harmonia e a evolução é miserável, se é que podemos chamá-la de evolução.
Mas mesmo assim, acreditem… eu adoro esse perfume! Resenhas bem melhores do que a minha:
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Bom cheiro!
Foto: Freebie Fanatics
- Há uma frase parecida no livro O Imperador do Olfato (Chandler Burr), usada por Luca Turin para se referir a todos os perfumes estadunidenses, mas infelizmente não encontrei a página.
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